Todo mundo que pensa na Bolívia, pensa primeiro no Salar do Uyuni. E não é pra menos: um deserto de sal imenso, numa altitude de mais de 3.500m, com lagoas, vulcões e gêisers, e ainda fazendo fronteira com o Deserto do Atacama. Loucura total.
Fiz o passeios de 3 dias pelo Salar de Uyuni e reuni nesse post todos os detalhes da viagem e do planejamento. Confira!
Se você ainda não leu, confira também nosso guia completão para organizar todos os detalhes e montar seu roteiro de mochilão pela Bolívia:
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Índice
Como Conhecer o Salar do Uyuni – Bolívia
Você pode agendar o tour com antecedência em alguma agência, mas todos os dias tem carros saindo e é possível se encaixar em algum deles. Desse modo, dá pra negociar o valor e pagar bem menos.
Certifique-se de que eles forneçam sacos de dormir (ou leve o seu), pois, mesmo com as cobertas, faz muito frio nos hoteizinhos no meio do deserto. Também deixe claro se no valor já está incluída a entrada na reserva da Laguna Colorada (visitada no segundo dia do tour), que é bem carinha.
Os carros que fazem o tour são 4×4 de 7 lugares, sendo 1 motorista e 6 turistas. Se você estiver sozinho, ou num grupo pequeno, provavelmente a própria agência vai dar um jeito de encontrar alguém pra completar o carro.
É bem comum esses carros quebrarem no meio do deserto, mas sempre dá-se um jeito, e não há muito o que fazer pra evitar isso.
Também é bem comum o motorista ser um bêbado que vai encher a cara nas noites no deserto, e dirigir de ressaca no dia seguinte.
Por isso é bom ter algumas referências de quais agências são boas, para evitar cilada.
Como Chegar em Uyuni – Bolívia
Vindo de Potosí o ônibus leva cerca de 6h, às vezes chegando já por volta da meia noite. Não se preocupe, pois o ônibus para em uma rua bem central, a partir de onde é fácil chegar nas hospedagens e talvez conseguir até uma comidinha.
Onde Ficar em Uyuni – Bolívia
Pra quem quer gastar pouco, há vários hostels em Uyuni. O que tem a melhor localização, na pracinha central, é o Hostel Arco Iris.
Uma opção interessante é o Onkel Inn Wagon Sleepbox, que é um hotel em formato de vagões de trem. Bem diferente e aparentemente confortável.
Não explorei muito a cidade, mas há uma pracinha bem bonitinha (Plaza Aniceto Arce) com bares e restaurantes.
Dia 1) Salar do Uyuni – Bolívia
O passeio sai por volta das 10h da manhã.
Cemitério de Trens
A primeira parada é no Cemitério de Trens. É um monte de trem velho, quebrado e pichado, no meio do nada. Pode subir neles e fazer o que quiser. Fantástico!
Colchani – Feira de Artesanato
Tudo é bem mais caro que nas cidades, então não vale a pena comprar coisinhas aqui. O que pode ser interessante é comprar alguma bebida pra noite fria no deserto.
Extração de Sal
Os trabalhadores amontoam o sal pra secar. Aí nós vamos lá e subimos nos montinhos pra tirar fotos. É isso.
Ojos del Salar
Um hotel/museu de sal no meio do nada, com canais pelo meio do sal por onde escoa água. Ali fica também uma plataforma com bandeiras de vários países, que os próprios visitantes colocam. Não se preocupe em levar uma. Já tem milhares do Brasil.
Aí é servido o primeiro almoço. Legumes cozidos, arroz, filé de frango e coca-cola, com banana pra sobremesa. As refeições nos dias seguintes serão sempre algo muito parecido com isso ou macarrão.
Isla Incahuasi (Ilha do Pescado)
Uma ilha de terra cheia de cactos no meio do deserto de sal. A entrada é opcional, mas não é cara.
O visual lá de cima é lindo. Todo aquele sal por todos os lados, e você em cima de um monte de pedras com cactos, que eu não sei como e porque existem ali.
Tem uma trilha que atravessa a “ilha”, leva meia hora ou um pouco mais.
Salar sem fim!
Voltando ao carro, anda-se um pouco mais e para-se numa área onde só há sal, e mais nada nem ninguém. Todos os grupos ficam longe um do outro. Hora das fotos!
Exagere na criatividade e tire milhões de fotos em poses ridículas e comprometedoras. Dependendo da época, não há água no chão, então não rola aquele efeito de espelho. Mas mesmo assim, a infinidade de sal é incrível.
Hotel de Sal
Ainda roda-se um bom tempo pela branquidão de sal, até alcançar o “hotel” onde passa-se a noite. Tudo isso já está incluído no preço do tour. No hotel dessa primeira noite, o primeiro grupo a chegar garante quartos melhores. Eles são bem diferentes entre si, incluindo dormitórios para 8 pessoas e quartos de casal.
Não posso garantir que o mesmo acontece em todos os hotéis, mas no que eu fiquei não tinha chuveiro. Faz muito frio nesses “hotéis” no meio do deserto, mesmo no verão.
É servido um cafezinho e, não muito mais tarde, o jantar, com uma garrafa de vinho para o grupo compartilhar.
Dia 2) Salar do Uyuni – Bolívia
Acorda-se cedo, com o café-da-manhã já servido, e logo é hora de cair na estrada de novo. Logo entra-se numa região menos branca e mais marrom do deserto, com mais montanhas ao redor.
Mirante do Volcán Ollague
A primeira parada do dia é no mirante de um vulcão que tem quase 6.000m de altura. Com sorte dá pra ver fumacinha saindo dele.
Lagunas Altiplánicas
Lagoas situadas a uma altitude de mais ou menos 4.000m.
Além da surrealidade do cenário, as lagoas ainda refletem as montanhas ao redor de forma muito nítida, possuem cores diferentes (verde, azul, esbranquiçada), e uma delas tem formato de coração.
Algumas tem flamingos cor-de-rosa compondo a paisagem.
Árbol de Piedra
Uma pedra em formato de árvore, bem sem graça. Os arredores, em compensação, tem formações rochosas imensas e muito mais interessantes.
Laguna Colorada
A cereja do bolo! Essa lagoa é imensa, tem a água avermelhada e muitos flamingos se exibindo. Quando você se dá conta de onde está, e de tudo que está vendo, e escuta todo o silêncio em volta de si, isso sim traz uma sensação magnífica.
Aqui paga-se uma taxa de entrada que, na grande maioria das vezes, não está incluída no valor do passeio.
Hotel
Chega-se ao hotel da segunda noite ao pôr-do-sol. Nesse a organização é um pouco diferente. Todos os quartos possuem 6 camas, então acaba sendo automaticamente um por grupo. Nesse hotel também é possível tomar banho, pagando uma taxa de uso do chuveiro.
Dia 3) Salar do Uyuni – Bolívia
Dia de começar muito cedo, antes do sol nascer! E também dia de muito frio, ao atingir o ponto de maior altitude do tour: quase 5.000m acima do nível do mar.
Gêisers
Ao chegar à região das água termais, a primeira coisa que chama a atenção são os geisers.
Em alguns pontos é possível ver a fumaça saindo de dentro da terra com muita pressão e em temperatura muito elevada. Em outros pontos, vê-se crateras com lava cinza em plena ebulição. Muito doido!
Águas Termais
Aqui é possível se banhar, mas pra isso é preciso ter a coragem de trocar de roupa no frio intenso. A água é represada em uma piscina de concreto e fica com a temperatura ao redor dos 30°C.
Em outros pontos, onde a água corre entre as pedras, há pontos borbulhantes que chegam a queimar os pés. Em compensação, em algumas regiões, é possível encontrar grama congelada.
Laguna Verde
Depois das lagoas do dia anterior, pode parecer desnecessário visitar mais uma. Mas essa é especial.
A Laguna Verde funciona também como mirante do Volcán Licancabur. O reflexo do vulcão é incrivelmente claro e perfeito, e, devido a alguma substância tóxica da água, os flamingos não se banham ali, o que só contribui para a perfeição do reflexo.
Retorno a Uyuni ou Transfer a San Pedro de Atacama
Ao contratar o passeio, já combina-se o que será feito no último dia. Muita gente fica na fronteira com o Chile e de lá pega um transfer até San Pedro de Atacama.
Outros voltam até a cidadezinha de Uyuni, para prosseguir viagem pela Bolívia. Nessa segunda opção, o caminho de volta apresenta poucas paradas/atrações, e chega-se à cidade por volta das 18h.
Dá tempo de tomar um banho, comer algo e pegar um ônibus noturno para La Paz, por exemplo.
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Que lugar lindo ?