Nicarágua é amor! É bom começar o texto assim pra ninguém ter dúvidas disso! A Nicarágua tem um passado recente de guerra civil e protestos violentos, e por isso faz pouco tempo que se abriu para o turismo.
Havíamos lido que todo viajante que vai da Costa Rica para a Nicarágua sente-se como se tivesse encontrado seu Eldorado. Fomos conferir, e realmente é isso mesmo! A Nicarágua é apaixonante e o turismo no país é bem desenvolvido e estruturado.
Pra começar, o turismo na Nicarágua é bem barato. A cultura local é bem forte, a culinária é deliciosa e se encachaçar no bar sai pelo mesmo preço que comprar bebidas no mercado.
A Nicarágua também tem história pra todos os gostos: período colonial, guerra civil no século XX, formações geológicas de milênios. E tudo é muito aparente.
A revolução sandinista durou quase toda a segunda metade do século passado, e ainda se vê muitas bandeiras do partido revolucionário espalhadas pelo país.
Museus e histórias dos próprios moradores ajudam a lembrar um pouco a guerrilha civil que durou até pouquíssimo tempo atrás.
Além disso, a Nicarágua tem uma das primeiras cidades espanholas na América Central e também a maior catedral desse continente.
Índice
Roteiro: Turismo na Nicarágua
Nicarágua foi o terceiro país do nosso roteiro de 44 dias pela América Central com R$4955 cada um, incluindo passagens do Brasil. Você pode ler mais aqui:
Nós visitamos 4 cidades da Nicarágua e nos apaixonamos perdidamente. Também reunimos informações sobre alguns locais que não fomos, mas que parecem incríveis.
Nós entramos na Nicarágua pela fronteira de Peñas Blancas, vindo da Costa Rica. A partir dali, para chegar em qualquer lugar, é preciso ir até uma cidadezinha chamada Rivas, que serve de conexão entre vários destinos no país.
Mas atenção: chegando em Rivas, o assédio é tremendo. Muita gente tentando convencer de que, para chegar a qualquer lugar, é necessário um táxi. Dentro do ônibus mesmo já aparecem umas pessoas perguntando seu destino. Responda que vai ficar em Rivas, e assim ninguém enche mais o saco.
Dito isso, vamos falar um pouco sobre cada uma das cidades turísticas da Nicarágua, e o que cada uma tem de especial:
Ilha Ometepe
Se você olhar o mapa da Nicarágua verá que há um lago imenso no meio do país. E no meio do lago, uma ilha em formato de 8. Essa é a Ilha Ometepe (Isla Ometepe), formada por 2 vulcões imensos.
Nós fomos até lá e curtimos demais o clima rústico de contato absoluto com a natureza. Dentre suas atrações, além dos vulcões, estão praias, piscinas naturais de águas cristalinas e mirantes de beleza surreal.
Nós escrevemos um post só com dicas sobre a Ilha Ometepe: como chegar, onde ficar e quais passeios são imperdíveis. Leia mais:
Granada
Provavelmente a cidade que recebe mais turistas na Nicarágua.
E não é pra menos: além do centro histórico lindíssimo e cheio de vida, nas proximidades da cidade há uma lagoa maravilhosa, formada na cratera de um vulcão, a Laguna de Apoyo.
Como se não bastasse, o Vulcão Masaya também fica ali perto. Sua cratera é aberta à visitação e é possível fazer um passeio noturno, no qual dá pra ver a lava borbulhando. Incrível!
Nós escrevemos muitas dicas de Granada, incluindo como fazer esses passeios gastando pouco. Não deixe de ler:
San Juan del Sur
A praia mais badalada da Nicarágua! Fica na costa pacífica, pertinho da fronteira com a Costa Rica. Pra quem quer curtir muita festa e diversão, ou só ficar preguiçoso na praia mesmo, esse é o lugar! Leia mais:
León
León foi nossa cidade favorita. Não é o lugar mais forte do turismo na Nicarágua, mas é uma cidade colonial com arquitetura e história incríveis. Além disso, por ter menos turistas, é onde você consegue a maior sensação de estar realmente na Nicarágua.
Sua principal atração é a Catedral de León, que é a maior da América Central, toda branca e imponente. Leia mais:
Isla de Maíz (Ilhas do Milho)
São duas ilhas na costa caribenha da Nicarágua. Aparenta ser um lugar incrível, sendo a maior delas bem estruturada, e a menos mais rústica.
Para chegar, sem ser de avião, é uma rota que demora dois dias e envolve um trecho longo de barco. O trajeto passa por uma cidade chamada Bluefields.
Nós não fomos às Ilhas do Milho, mas olhando no mapa percebemos que elas ficam bem pertinho de San Andrés, na Colômbia. Se quiser ler mais sobre esse destino, clique aqui.
Nós conhecemos vários países caribenhos de forma econômica. Veja nosso comparativo entre eles aqui:
Somoto
Trata-se de um rio que atravessa um montão de cânions. Parece ser bem interessante, pois faz-se trilhas que misturam caminhada e natação.
Não fomos porque era muito ao norte, sendo contramão na nossa rota. Ótima pedida pra quem vai/vem de Honduras.
Manágua
É a capital da Nicarágua. Não é uma cidade turística, e pelo que entendemos, pode ser bem perigosa. Nós passamos por lá para pegar um ônibus e o que vimos foi uma típica cidade grande a meio caótica.
Hospedagem na Nicarágua
No nosso mochilão pela América Central nós usamos todo tipo de hospedagem. Ficamos em hostel, pousadinhas econômicas, campings e couchsurfing.
Os hostels foram a melhor opção nessa viagem. Os preços são baixos e os hostels tem boa estrutura. Por exemplo, ficamos no Hostel TownHouse curtindo uma piscina maravilhosa e pagando só 5 dólares por dia.
Nós sempre fazemos reserva pelo booking.com. A maior parte das reservas não requer cartão de crédito nem pagamento antecipado, e sempre encontramos boas ofertas no site.
Acampamos algumas vezes e foram boas experiências, mas de um modo geral não é tão mais barato do que ficar em hostel.
Também usamos o Couchsurfing em nossa viagem, mas na maior parte das cidades foi difícil encontrar anfitriões. Se você não conhece o CS leia mais aqui: Couchsurfing: o que é e como funciona.
Comidas Típicas da Nicarágua
A comida da Nicarágua é bem gostosa e diversificada. Nossos pratos favoritos foram o Vigorón (foto no início do texto) e o Nacatamal, um cozido de carnes e polenta dentro da folha de bananeira.
Nas bebidas a Nicarágua tem o rum Flor de Caña, que é delicioso, e a cerveja mais comum é a Toña. Leia mais em nosso outro post:
Moeda Usada na Nicarágua
O nome da moeda é Córdoba. Vale aproximadamente R$1 = 10 córdobas, o que facilita muito fazer a conversão de cabeça dos preços.
Nem pense em levar real, claro. E o dólar também não é muito aceito nas ruas, então o câmbio é necessário.
Aqui, o câmbio na rua é às vezes melhor do que nos bancos. E às vezes não. Há de se pesquisar, mas o BAC era o banco que oferecia melhores taxas. O câmbio na fronteira é bem abaixo da média, então não troque muito aí.
Língua Falada na Nicarágua
Espanhol. O sotaque deles é bem nítido, então dá pra entender bem.
O inglês não é tão falado pelos locais, e o portuñol não é tão facilmente entendido como nos países da América do Sul.
Nas partes turísticas há muitos europeus e estadunidenses donos de estabelecimentos, então aí o inglês e francês será útil.
Melhor Época para Turismo na Nicarágua
Fomos na época dos ciclones na América Central (junho/julho), mas a maior parte do turismo fica na parte ocidental da Nicarágua, longe das ameaças.
O tempo era bem estável, sempre com bastante sol e calor, chovendo muito pouco. De março a outubro é a temporada de chuvas. Pra prática de surfe, é a melhor época essa.
Como se Locomover pela Nicarágua
Nos hostels e hotéis sempre há a possibilidade de contratar transfer privado, mas o transporte de ônibus público também funciona e é infinitamente mais barato.
Se locomover pela Nicarágua de ônibus pode ser engraçado e estressante ao mesmo tempo. Os motoristas e cobradores de ônibus sempre tentam te cobrar um pouco mais do valor da passagem, e os taxistas são insuportáveis, tentando te fazer acreditar que o ônibus que você quer não existe.
Além disso, muitos dos ônibus são velhos e desconfortáveis. São chamados de “chicken bus”, um nome que faz bastante sentido. Mas não se preocupe, as viagens não são tão longas nem tão horríveis quanto pode parecer.
O pior lugar é uma cidadezinha chamada Rivas, e infelizmente é por onde se passa muitas vezes, pois serve de conexão entre os principais locais turísticos da Nicarágua.
Antes de tomar um ônibus para Rivas, sempre assegure-se de que ele vai para o terminal da cidade. Muitos dizem que vão para Rivas, mas passam só pela estrada, te deixando no meio do nada.
Entra as principais capitais da América Central há um ônibus chamado Tica Bus, que é mais arrumadinho (e caro). Para viajar de forma barata entre Manágua e San José (capital da Costa Rica), por exemplo, é preciso trocar de ônibus na cidade da fronteira (Peñas Blancas) e em Rivas:
Para chegar em León e outras cidades do norte é preciso passar pela capital Manágua. Nos posts de cada cidade nós falamos em detalhes sobre como chegar/sair.
Carona é possível, mas não faz parte da cultura. Sempre tenha certeza se é uma carona ou se o transporte que parou vai cobrar algo. Informações específicas sobre caronar no país aqui (em inglês).
Seguro Viagem Para a América Central e Caribe
O seguro viagem não é um documento obrigatório para viajar para todos os países da América Central, mas nós recomendamos fortemente a contratação de um mesmo assim.
Os valores são beeem mais baixos do que a gente imagina. O melhor é que os seguros cobrem vários países de uma só vez, então se você vai fazer um roteiro mais longo, um único seguro será o suficiente.
Nas nossas viagens nós sempre comparamos os preços e vantagens de cada operadora em sites diferentes, de modo a encontrar o melhor custo/benefício. Os melhores são a Seguros Promo e a Real Seguro.
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Nicaragua parece ser incrível! Parece uma volta ao passado. Adorei as dicas, obrigada por compartilhar!
A Nicarágua é um dos nossos países favoritos! O turismo por lá é bem pouco divulgado, mas é apaixonante de fato