Coreia do Norte: Capital + Cidades Que Conhecemos em 8 Dias de Viagem

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Viajamos para a Coreia do Norte e optamos por um roteiro em que pudemos conhecer 5 cidades diferentes. Foram 8 dias incríveis e intensos de viagem.

Muitos viajantes que vão para a Coreia do Norte só conhecem a capital Pyongyang, mas nós fizemos questão de ver cidades pequenas e também a natureza do país, que é deslumbrante.

Nesse post vamos detalhar como foi nosso roteiro e contar se valeu a pena ou não. Nós já escrevemos muitas dicas práticas para quem quer conhecer a Coreia do Norte em outros posts. Recomendamos que você leia nosso guia completo e as maiores curiosidades que observamos no país.

Nós produzimos vários vídeos da Coreia do Norte para nosso canal do Youtube, confira todos clicando aqui ou veja o primeiro da série abaixo:

E já que estamos falando de cidades coreanas, talvez você queira conferir também nossa lista com 23 cidades e pontos turísticos para conhecer na Coreia do Sul.

Coreia do Norte: Nosso Roteiro (5 Cidades)

As cidades que visitamos na Coreia do Norte estão no mapa abaixo:

Clique aqui para abrir o mapa com legenda

Toda viagem para a Coreia do Norte começa e termina na China, já que a fronteira com a Coreia do Sul é (obviamente) fechada. Os dois países ainda estão em guerra.

De Pequim a Dandong (China)

Nós viajamos para a Coreia do Norte de trem e vamos contar como é a viagem desse modo. Quando o roteiro de avião for diferente do que fizemos, a gente explica o que mudaria no roteiro.

Viajar de trem para a Coreia do Norte foi legal porque nós já pudemos ver algumas cidades pelo caminho.

O primeiro dia de viagem é o encontro com seu guia ocidental e as outras pessoas do grupo num hotel em Pequim. Lá recebemos orientações e eles tiram nossas dúvidas, que obviamente são muitas, já que se trata do país mais fechado do mundo.

Também pagamos o restante do passeio (30% tinha sido pago um mês antes) e recebemos nosso visto.

Fomos todos juntos para a estação de trem e embarcamos para Dandong, a cidade chinesa que fica mais próximo de Pyongyang que fica na fronteira com a Coreia do Norte.

A viagem é num trem chinês com camas e dura mais ou menos 14h.

Dia 01 (de Dandong a Pyongyang – capital da Coreia do Norte)

Chegamos em Dandong bem cedinho e tivemos menos de 2h, nas quais deu para sair um pouco da estação, comer e sacar dinheiro.

Recomendamos que você viaje para lá já com dinheiro, porque sacar dinheiro na China pode ser complicado e demorado. Nós quase não conseguimos. Bateu um desespero na hora, mas deu certo.

Fronteira China x Coreia do Norte

Voltamos para a estação e embarcamos no trem coreano. A imigração de saída da China foi tranquila e rápida.

A China e a Coreia do Norte são separadas por um rio, e há uma ponte bem bonita por onde o trem passa. Chegando do outro lado do rio descemos com nossas bagagens para entrar na Coreia do Norte.

Os passaportes com os vistos foram levados pelo nosso guia para um agente da imigração e nós passamos pelo raio X com nossos pertences.

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Visto para a Coreia do Norte

Pediram para ver os equipamentos eletrônicos de todos (celulares, câmeras, notebooks) e também livros, já que não é permitido entrar no país com nenhum material de cunho político, seja “contra” ou “a favor” da Coreia do Norte.

Depois que todo mundo do nosso grupo foi liberado, ficamos esperando o restante do trem (tinha muitos grupos de chineses) e já pudemos comprar alguns produtos coreanos de um carrinho. Tomamos a primeira de muitas cervejas e sojus (a cachaça coreana).

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O trem coreano

Saímos da fronteira já depois do meio dia (lembrando que o fuso nas Coreias é 1h mais tarde que na China).

A viagem de trem foi tranquila. Muita gente continuou tomando umas cervejinhas e alguns foram almoçar no vagão restaurante. Esse trem também tinha camas, então deu para tirar um cochilo razoavelmente confortável.

Chegando a Pyongyang – a Maior Cidade da Coreia do Norte

Chegamos em Pyongyang já de noite. A estação de trem fica no centro da cidade e é linda. Os arredores estavam bem movimentados, com muita gente na rua e carros passando.

Ali já estavam 2 guias coreanos esperando a gente. Até então tínhamos viajado só com o Matt, nosso guia “ocidental” da agência com a qual contratamos o passeio (a YPT).

Também já havia um ônibus com um motorista esperando por nós. Embarcamos, recebemos as boas vindas e fomos direto jantar em um restaurante.

Nossa primeira refeição na Coreia do Norte foi uma delícia, com bastante comida típica. Foi ali que comemos o Cold Noodle, uma sopinha fria com macarrão de arroz e muitos temperos, um dos pratos mais típicos do país. Uma delícia.

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Cold Noodle Norte Coreano

Depois dessa saga de quase 30h estávamos todos cansados, então fomos direto para o hotel. Os quartos são para 2 pessoas, ou seja, se você estiver viajando sozinho irá dividir com alguém do grupo (a não ser que pague muitos euros a mais por dia para ficar sozinho).

O hotel era imenso e super estruturado, com bar, restaurante, lojinhas, SPA e não sei o que mais. Não estamos acostumados com nada disso.

Nosso quarto era uma suíte super confortável e limpinha. Dormimos muito bem todas as noites ali (foram 4 no total nesse mesmo hotel).

Ao contrário do que muitos dizem, tivemos 100% de privacidade. Falamos sobre esse e outros mitos sobre a Coreia do Norte em nosso vídeo no Youtube – assista clicando aqui.

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Vista da janela do nosso quarto

OBS: quem viajou de avião saiu de Pequim só nesse dia e chegou a Pyongyang um pouco antes da gente.

Dia 02 (City Tour em Pyongyang)

Acordamos com o sol nascendo e comemos no hotel. A comida é coreana, bem diferente do que a gente imagina num café-da-manhã.

Saímos com o grupo no ônibus às 8h da manhã. Nossos guias ensinaram algumas palavras básicas em coreano, como “olá” e “obrigado”.

Ópera Nacional e Livraria

A primeira parada foi no centro de Pyongyang, onde caminhamos um pouco e passamos pelo prédio da Ópera Nacional.

Esse primeiro contato com a cidade (já que no dia anterior chegamos só à noite) nos revelou muitos prédios bonitos e grandiosos, sempre com decoração de murais socialistas.

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Ópera de Pyongyang

A bandeira do país, do partido dos trabalhadores e a imagem dos líderes estão por todo lado. Tudo é muito limpo e organizado, sem a bagunça e o excesso de informações e anúncios que estamos acostumados no mundo capitalista.

Paramos em uma livraria para comprar souvenires como pôsteres e chaveiros. Tivemos muitas paradas desse tipo durante a viagem.

Grande Monumento da Colina Mansu

Em seguida fomos para o local mais famoso do país: as estátuas de bronze dos líderes norte coreanos. Ali estão representados Kim Il-Sung e Kim Jong-Il lado a lado.

Esse é um lugar muito importante para os norte coreanos e fomos orientados a demonstrar respeito. Alguns compraram flores para depositar aos pés da estátua.

Pudemos fotografar e filmar sem problemas, desde que de maneira respeitosa. Nossos guias pediram para não tirarmos selfies e não cortarmos nenhuma parte do corpo das estátuas nas fotos e vídeos.

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Todas as cidades da Coreia do Norte tem essas estátuas

Biblioteca Nacional de Pyongyang

Em seguida visitamos a Biblioteca Nacional, um prédio grande e bonito. Lá pudemos ver a seção de literatura internacional e um grupo de estudantes tendo aula de inglês.

Subimos até o terraço da biblioteca para ter uma vista bonita de Pyongyang.

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Pyongyang vista do alto

Torre Juche

Agora conhecemos a Torre Juche com seus 170 metros de altura. Subimos até o topo (com um elevador), mas não pudemos fotografar de lá.

Juche é o nome da ideologia criada pelo líder Kim Il-Sung, que prega autossuficiência, onde o homem é mestre de tudo. Isso explica bem a completa ausência de igrejas na cidade.

Ali também vimos uma estátua bonita em homenagem ao partido dos trabalhadores da Coreia do Norte, com a foice, o martelo e o pincel, símbolo do partido.

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Torre Juche e Monumento com símbolo do partido

Monumento do Partido

A próxima parada foi um dos monumentos mais bonitos de Pyongyang, o Monumento do Partido.

Foi ali que nossos guias explicaram o que a foice, o martelo e o pincel representam: o trabalhador rural, o trabalhador urbano e os intelectuais e estudantes.

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Monumento do Partido

Museu da Guerra

Nesse museu imenso nós fomos acompanhados por uma outra guia, de trajes militares, que nos explicou muita coisa sobre a Guerra da Coreia. Nas exposições são exibidas provas de que os EUA começaram a guerra em prol da Coreia do Sul.

Pudemos ver e fotografar tanques, helicópteros e outros equipamentos da guerra, além de entrar em um navio-espião dos EUA que faz parte do museu e fica na margem do rio.

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Museu da guerra de Pyongyang

Supermercado

Uma das grandes curiosidades de quem visita a Coreia do Norte é conhecer um supermercado no país.

Nós fomos ao único supermercado de Pyongyang onde é possível usar dinheiro norte coreano, já que durante a viagem toda nós só usamos dinheiro chinês ou euro.

Esse supermercado era bem grande, com o primeiro andar só de comidas e bebidas, o segundo de roupas e coisas de casa, e o terceiro com restaurantes e cafés.

Nós compramos algumas coisinhas, andamos pelos corredores vendo os produtos diferentes (e super baratos) e acabamos o passeio tomando uma cerveja (também barata) no terceiro andar.

Mass Games

Depois do jantar nos dirigimos para o que foi um dos pontos altos da viagem: os Mass Games, no Estádio Primeiro de Maio Rungrado, com capacidade para 114.000 pessoas!

Os Mass Games são apresentações coletivas que contam com a participação de milhares e milhares de pessoas dançando e fazendo performances em perfeita sincronia.

É difícil demais explicar em palavras como foi presenciar isso. Foram 1h30 de puro deslumbre com o festival.

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Mass Games

Depois disso retornamos ao hotel e encerramos o dia com uma cerveja no bar. Todo mundo estava empolgado demais com tudo que havíamos presenciando para ter sono.

Dia 03 (Feriado em Pyongyang: Dia da Fundação do Partido)

Nós viajamos para a Coreia do Norte em Outubro e pegamos o feriado do dia da Fundação do Partido. Começamos o dia super cedo e visitando um lugar sagrado para os norte coreanos:

Palácio do Sol de Kumsusan

O Palácio do Sol de Kumsusan é o mausoléu dos líderes norte coreanos. Lá é absolutamente proibido tirar fotos e filmar, então só temos registros do lado de fora.

Palácio do Sol de Kumsusan

A visita começou com um pouco de correria para evitarmos as imensas filas, já que, por ser feriado, muitos norte coreanos foram até lá prestar suas homenagens aos líderes Kim Il-Sung e Kim Jong-Il.

Depois de passar por muitos corredores, escadas rolantes e vistorias de segurança, chegamos às salas climatizadas onde estão os corpos preservados dos líderes.

A visita é toda organizada em filas, em absoluto silêncio. Quando nos aproximamos dos corpos, fizemos 3 reverências (uma aos pés e uma de cada lado do corpo, que foram repassadas diversas vezes pelos nossos guias) e saímos da sala.

Foi muito interessante ver os grupos de note coreanos, a maioria provavelmente do interior do país, vestidos em trajes típicos e prestando homenagens.

No local há várias exposições contando a história de vida dos líderes e mostrando alguns de seus pertences e muitas fotos tiradas com pessoas importantes pelo mundo.

Mass Dance

Por ser feriado, nós passamos por vários grupos de pessoas reunidas nas praças e parques da cidade. Muitos estavam de roupas típicas e dançando.

Nos dirigimos para um pátio, na frente de um ginásio, onde um grupo bem grande de estudantes universitários estava aguardando os turistas para fazer uma apresentação de mass dance.

O mass dance segue a mesma ideia do mass game: é uma performance super sincronizada, com muita gente se apresentando ao mesmo tempo.

Aqui o legal foi ficar bem pertinho deles e poder até dançar com os estudantes. As músicas são bem animadas e o ritmo da dança é fácil de acompanhar. Também fizemos um vídeo sobre como os coreanos celebram o feriado e com a gente tentando dançar com eles. Clique aqui para assistir.

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Dançando com uma norte coreana

Circo Acrobático

Como já estávamos nesse ritmo animado, fomos assistir uma apresentação de um circo acrobático. Foi em uma arena pequena, então ficamos próximos aos atletas e deu pra ver bem de perto as manobras surreais que eles faziam. Muito legal.

Parque

Depois do almoço fomos para um parque no meio da cidade. Lá tinha muitos norte coreanos reunidos fazendo churrasco e tomando soju.

Tinha muita gente animada, chamando os estrangeiros para tirar foto e dançar junto com eles.

Foi muito curioso ver como eles curtem o feriado. É como eu imagino que era há 70 anos no Brasil.

Nesse parque também tinha um palquinho onde os coreanos estavam se apresentando com roupas típicas. Nós nos sentamos no gramado em volta para assistir e pudemos ficar no meio dos coreanos, embora não conseguíssemos nos comunicar com eles.

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Lindinha

Metrô de Pyongyang

Seguimos para conhecer o metrô de Pyongyang. Além de ver algumas estações muito bonitas, com mosaicos temáticos do socialismo, também andamos no metrô junto com os coreanos.

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Metrô de Pyongyang

O metrô de Pyongyang é muito profundo e nos lembrou bastante as estações de Moscou, na Rússia, que também são super profundas e decoradas.

Arco do Triunfo

Na saída do metrô demos de cara com o Arco do Triunfo de Pyongyang.

Esse monumento celebra a liberação da Coreia contra o Japão na primeira metade do século passado.

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Arco do Triunfo de Pyongyang

Veja nosso vídeo com todos os pontos turísticos de Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, clicando aqui.

Dia 04 (DMZ e Cidades do Interior da Coreia do Norte)

Como de costume, começamos o dia super cedo. Tomamos café-da-manhã no hotel e embarcamos no ônibus para uma viagem de 3h.

DMZ (Fronteira da Coreia do Norte com a Coreia do Sul)

Nossa primeira parada do dia foi na DMZ, a fronteira desmilitarizada da Coreia do Norte com a Coreia do Sul.

Chegamos bem cedo, antes dos numerosos grupos de turistas chineses, então conseguimos fazer a visita sem correria.

Primeiro encontramos um soldado que seria nosso guia durante todo o tempo. Recebemos algumas orientações e depois de passar por uma barreira, nosso ônibus entrou na DMZ.

A DMZ é uma faixa de mais ou menos 4km (2km para dentro de cada país), no meio da qual acontecem os encontros para negociações entre os países.

Foi exatamente para esses prédios que nós fomos. O primeiro que visitamos foi onde ocorreram as negociações entre os países, e em seguida o prédio onde o acordo de armistício foi assinado de fato.

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Foi assinado aqui nessa mesa

Não deixe de assistir nosso vídeo na DMZ clicando aqui.

Kaesong (1ª das cidades do interior da Coreia do Norte que visitamos)

Depois da DMZ seguimos para Kaesong, uma cidade próxima onde há alguns dos poucos prédios históricos do país que não foram destruídos na Guerra da Coreia.

Ali visitamos o Museu da Dinastia Koryo, que é considerada a responsável pela fundação do país (da Coreia como um todo) nos anos 900.

Apesar do prédio bonito e bem conservado, há pouca coisa em exposição no museu.

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Museu em Kaesong

Sopa de Carne de Cachorro

O almoço desse dia foi especial, pois pudemos provar duas comidas bem diferentes: frango inteiro cozido no ginseng e carne de cachorro!

As duas eram pagas à parte, então escolhemos provar só a mais exótica delas. Vários países, principalmente na Ásia, consomem carne de cachorro. Na Coreia do Norte não é tão comum, mas como turistas tivemos essa chance.

O sabor? Nada mal.

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Comida coreana

Fizemos um vídeo mostrando todas as comidas da Coreia do Norte, não deixe de assistir – clique aqui para abrir no Youtube.

Mirante

Depois do almoço caminhamos um pouco até o topo de uma colina, de onde tivemos uma vista bem bonita de Kaesong. A cidade tem uma área com casas tradicionais coreanas bem bonitinhas. Parecia um cenário de filme.

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Kaesong vista do alto

Ali do lado também vimos mais um par das mesmas estátuas de bronze dos líderes que vimos em Pyongyang, embora menores.

Pelo que entendemos, toda cidade tem essas estátuas, mas as da capital são as maiores e mais importantes.

Sariwon (2ª das cidades do interior da Coreia do Norte que visitamos)

Voltamos para o nosso ônibus e dirigimos 2h no sentido de volta a Pyongyang. Paramos em uma cidade chamada Sariwon, pequena porém com bastante gente nas ruas.

Ali fomos a uma construção antiga no alto de uma colina, de onde tivemos uma vista bem legal da cidade.

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Sariwon, uma das cidades que conhecemos na Coreia do Norte

Também conhecemos um casal de norte coreanos que faz e vende uma bebida fermentada tradicional da Coreia, o Makgeolli. O teor alcoólico é de mais ou menos 5% e o sabor de fermentado é bem fortinho.

Esse casal também tinha roupas tradicionais coreanas para que os turistas pudessem vestir e tirar fotos. Nós não nos animamos muito, mas o pessoal do nosso grupo se empolgou e as fotos ficaram ótimas.

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Turistas na Coreia do Norte

Monumento de Reunificação da Coreia

Já de volta a Pyongyang, paramos na entrada da cidade para conhecer o monumento de reunificação da Coreia.

Trata-se de duas mulheres coreanas, com seus trajes típicos, unindo as mãos e segurando o mapa da Coreia como um único país.

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Monumento de reunificação

Depois disso jantamos e voltamos para nosso hotel, onde ficamos no bar para a despedida de parte do grupo. Como muitas pessoas optam por fazer o tour de só 5 dias, ao invés de seguir viagem como nós fizemos, foram embora no dia seguinte bem cedo pela manhã.

Dia 05 (Cachoeira e Mais Cidades do Interior da Coreia do Norte)

O quinto dia foi de fazer check out do hotel onde estávamos hospedados desde a primeira noite em Pyongyang.

Embarcamos no nosso ônibus depois do café-da-manhã com todas as malas e nos preparamos para uma viagem até o litoral leste da Coreia do Norte.

Depois de enfrentar as péssimas estradas durante a manhã toda, chegamos numa cachoeira.

Cachoeira Ullim

Paramos nessa cachoeira para almoçar. A ideia era fazer um pique nique, mas estava chovendo e não rolou.

Comemos em uma área coberta da recepção do local e em seguida caminhamos uns 15 minutinhos para chegar até a cachoeira de fato.

Olha que coisa linda! A gente não imaginava encontrar tanta natureza linda na Coreia do Norte, mas sabendo que o país é 85% coberto por montanhas, não é de se espantar.

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Cachoeira Ullim

Voltamos para o ônibus e seguimos até Wonsan, a 3ª das cidades do interior que conhecemos na Coreia do Norte.

Praia em Wonsan

Fizemos check in em um hotel lindo na beira do mar e fomos conhecer uma praia.

Wonsan, mais uma das cidades que visitamos na Coreia do Norte

O tempo estava super nublado e friozinho, mas mesmo assim um pessoal do nosso grupo se animou a entrar na água.

Praia em Wonsan

Caminhando pela cidade passamos por uma galeria de arte e vimos alguns quadros retratando os coreanos no verão, curtindo a praia.

Não vimos ao vivo, mas pelo menos nas pinturas as roupas de banho são bem recatadas, num estilo antigo. As mulheres sempre com maiôs grandes e com uma sainha por cima, bem engraçado.

Churrasco de Marisco

Aproveitando o clima do litoral, nos reunimos numa plataforma bem próxima da água para um churrasquinho de marisco fresco.

Nos sentamos em banquinhos bem baixos em volta de uma mini churrasqueira improvisada e assamos os mariscos, ainda dentro da concha. Tudo acompanhado por um soju, é claro. Que delícia!

Churrasco de mariscos em Wonsan

Depois ainda jantamos no melhor restaurante da viagem, que nos serviu muitos frutos do mar deliciosos.

Dia 06 (Lago e Trekking na Coreia do Norte)

Fizemos check out do hotel e seguimos a estrada litorânea para o sul da Coreia do Norte.

No caminho paramos em outra praia para esticar as pernas e curtir a brisa do mar.

Lago Samilpo

Depois de muitas horas chegamos no Lago Samilpo, perto de Kumgang, a 4ª cidade que conhecemos no interior da Coreia do Norte, e a menor de todas.

Lago samilpo

Esse lago, além de muito bonito, tem uma história curiosa.

Nosso guia nos contou que o líder norte coreano viajou até lá com sua esposa para inaugurar a estrutura turística que havia acabado de ser construída.

Ele prometeu que dormiria apenas uma noite lá, mas gostou tanto do local que acabou ficando por 3 dias. Aí o nome do lago, traduzindo, é “lago dos 3 dias”.

Essa história é um bom exemplo do quanto eles idolatram o líder. É difícil a gente ouvir essa história e achar “normal”, mas se parar pra pensar em quanto lugar com nome de santo a gente conhece, dá pra chegar à conclusão de que dá meio que no mesmo.

Trekking na Montanha Kumgang

Só depois do almoço fizemos check in no hotel em que iriamos passar a noite. Porém nem deu tempo de descansar e já seguimos para começar nosso trekking pela Montanha Kumgang.

Os arredores do hotel já davam o spoiler de que seria incrível. E também davam um pouco de medo. A gente não sabia se o trekking seria difícil ou não. Um senhor de mais idade que estava no nosso grupo desistiu de ir e ficou no hotel mesmo.

Os arredores são lindos

Nós fomos, porque jamais deixaríamos de conhecer mais um lugarzinho na Coreia do Norte. E a gente adora trekking, embora não tenha um bom preparo físico pra isso.

Chegamos no estacionamento do começo da trilha e a previsão era de 3h a 4h de caminhada. Se demorássemos demais, corríamos o risco de terminar a trilha no escuro.

Começamos num ritmo bom, mas logo ficamos para trás. Curtimos muito o caminho todo, tirando muitas fotos e gravando vídeos. Foi um dos lugares mais lindos que já vimos na vida. O fato de estarmos viajando no outono deixou tudo mais especial, com as árvores bem vermelhinhas.

No meio da trilha na Montanha Kumgang

No fim da trilha encontramos a cereja do bolo: uma cachoeira imensa e linda, caindo da montanha num desenho que nem parecia real.

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A cachoeira

Algumas pessoas do grupo ainda fizeram uma outra trilhazinha por uma subida super íngreme, mas nós dispensamos essa.

De fato terminamos a trilha já no escuro, mas o caminho era muito bem demarcado, então não ficamos preocupados.

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Cenário lindo de outono

De volta ao hotel havia a opção (pagando mais) de ir a um SPA, mas já estávamos satisfeitos com o dia e não fomos. Quem foi disse que foi bem agradável.

Mostramos todos esses lugares e cidades lindas da Coreia do Norte em um vídeo – clique aqui para assistir no Youtube.

Dia 07 (Estande de Tiro em Pyongyang)

A viagem estava chegando ao fim e era dia de voltar para Pyongyang. O caminho todo que nós percorremos em 2 dias para chegar em Kumgang seria feito em um único dia para voltar para a capital.

Fizemos várias paradas para esticar as pernas e sair do balanço do ônibus, que treme muito nas estradas ruins de lá. Chegamos em Pyongyang ao pôr do sol e fomos direto para a grande atração do dia:

Estande de Tiro em Pyongyang

Muitos dos nossos companheiros de viagem estavam ansiosos para chegar no estande de tiro, mas nós estávamos apenas curiosos. Não gostamos de armas e não usaríamos uma nem de graça. Por 1 dólar a bala, menos ainda.

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Uma das armas disponíveis

Ficamos um tempo lá e teve gente que atirou bastante. Além de nós, tinha bastante norte coreano. O lugar é parte de um centro de treinamento olímpico.

Jantar com Cantores da Ópera

Nosso último jantar na Coreia do Norte foi excelente, como nós já estávamos acostumados, mas teve um surpresa no final.

Nosso guia, o Matt, estava nos últimos dias naquele emprego, então prepararam uma homenagem para ele, com cantores da Ópera Nacional fazendo uma apresentação especialmente para nós. Foi incrível!

Apresentação dos cantores da ópera

Encerramos a última noite no karaokê do hotel com toda a galera do nosso grupo.

Dia 08 (Volta Para a China)

Quem voltou para a China de avião teve que acordar muito cedo para ir para o aeroporto. Nós tivemos uma boa noite de sono e um café da manhã tranquilo antes de ir para a estação de trem.

A viagem até a fronteira foi tranquila, embora cansativa. Na saída do país perguntaram novamente quantos aparelhos eletrônicos cada um de nós tinha e passaram a bagagem pelo raio X.

Algumas pessoas estavam levando notas do dinheiro coreano na carteira e elas foram confiscadas. Elas são proibidas fora do país. Nosso guia tinha avisado para deixar dentro do bolso de uma calça na mala para não ter problemas. Nós seguimos esse conselho e deu certo.

Dinheiro da Coreia do Norte

Chegamos em Dandong, a cidade chinesa da fronteira, e nos despedimos do pessoal do grupo. Eles seguiram viagem até Pequim, mas nós escolhemos ficar ali para conhecer a região, onde tem o fim da Grande Muralha da China, bem na fronteira.

De volta à China sentimos falta da tranquilidade das cidades na Coreia do Norte, onde tudo é tão silencioso e calmo.

Achamos que valeu muito a pena fazer essa viagem mais longa, de 8 dias, e gostaríamos de ter conhecido também o norte do país.

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28 comentários em “Coreia do Norte: Capital + Cidades Que Conhecemos em 8 Dias de Viagem”

  1. Viajei para a Coreia do Norte lendo esse post! Não imaginava que seria assim a capital e essas cidades por onde vocês passaram nesses 8 dias de viagem. Adorei saber!

  2. Uma experiência bem diferente visitar um país tão fechado e achei que deu p conhecer bastante coisa em tão pouco tempo. Ficou bem otimizado esse seu roteiro pela Coreia do Norte em 8 dias.

  3. Quanto lugar bonito vocês visitaram na Coreia do Norte! Deve ser bem interessante passear por lá, já que temos culturas bem diferentes, né? Adorei as flores do Palácio do Sol de Kumsusan!

  4. Que roteiro bacana! Confesso que a Coreia do Norte não está na minha lista… aliás, não estava! Afinal, todas essas chamam bastante a atenção! Quem sabe um dia!

  5. Que top esse roteiro pela Coreia do Norte! Adorei. Tb ficaria apreensiva de como é entrar num país tão fechado. Eu tb amo ir a supermercados locais! Adorei saber que as coisas são barata por lá!

  6. Que relatos interessantíssimos da Coreia do Norte. É um lugar realmente peculiar para visitar. Todas as dicas são bem detalhadas, para quem deseja visitar o lugar! Com certeza faria o roteiro que vocês fizeram…não visitando apenas a capital. Obrigada pelo relato completíssimo!

      1. Estou lendo e gostando bastante dos relatos de vcs sobre a Coreia do Norte. Sou professora e tenho especial curiosidade sobre as escolas e as crianças. O q vcs viram ou ouviram falar sobre isso durante a viagem?

        1. Oi Raquel. Que bom que está curtindo nosso blog. Não me lembro de nada específico sobre as escolas por lá. Nos esforçamos para escrever as curiosidades e o que observamos aqui no blog 🙂

  7. A Coreia do Norte está nos meus desejos…a médio prazo 🙂 Espero, no período de 3 anos, ter a oportunidade de a visitar. Queria esperar pela oportunidade de poder ir por mim, sem uma agência a condicionar a nossa experiência. Mas estou muito curioso com o país e a calmaria das cidades 🙂

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