Nesse post nós contamos em detalhes como foi nossa viagem a Playa La Barra em Buenaventura (perto de Cali), na Colômbia.
Você irá encontrar informações de como chegar em La Barra, onde se hospedar e qual a época certa para avistar as baleias no Oceano Pacífico.
Pare e pense na Colômbia. Você já ouviu falar da capital Bogotá, que fica no alto da Cordilheira dos Andes. Já ouviu falar de Cartagena, cidade colonial no norte do país.
Conhece Barranquilla, famosa pelo seu carnaval. San Andrés, ilha caribenha tão popular entre os turistas brasileiros.
Mas a Colômbia tem uma costa imensa banhada pelo Oceano Pacífico sobre a qual ninguém fala. Quando percebemos isso, olhando para um mapa, começamos a pensar: “Deve ter um monte de praia ali”. E não, a verdade é que não tem um monte de praia ali.
A costa pacífica da Colômbia é uma imensa reserva natural ecológica, com pouquíssimas praias.
O clima é hostil (MUITO quente e úmido) e pouca gente vive lá. A maior parte da população é afro-americana e tem história, tradições e comidas próprias. Tipo um país à parte mesmo.
Nós viajamos para lá, mais especificamente para um pequeno vilarejo chamado La Barra, e passamos 6 dias vivendo uma tranquilidade absurda.
Pra dar uma ideia, durante 2 ou 3 dias nós éramos os únicos turistas do vilarejo inteiro! Mas antes de chegar a La Barra, vamos falar um pouco mais sobre a região pacífica da Colômbia.
Índice
- Cidades da Costa Pacífica da Colômbia
- Quais são as Praias de Buenaventura
- O Que Fazer em La Barra
- Onde se Hospedar em La Barra – Cabañas
- Hospedagem em Juanchaco e Ladrilleros
- Restaurantes em La Barra
- Mercados em La Barra
- Como Chegar em Buenaventura (Ônibus de Cali a Buenaventura)
- Como Chegar em Juanchaco (Barco de Buenaventura a Juanchaco)
- Como Chegar em La Barra (Moto de Juanchaco a La Barra)
- O Caminho de Volta (de La Barra até Buenaventura)
- Ônibus de Buenaventura para Salento
- Voo Barato Para a Colômbia
- Conclusão: Vale a Pena Conhecer La Barra?
- Moeda Usada na Colômbia
- Chip Internacional Para a Colômbia
- Seguro Viagem Para a América do Sul
Cidades da Costa Pacífica da Colômbia
São 4 as principais regiões com praias no pacífico colombiano: Bahía Solano, Isla Gorgona, Nuquí e Bahía Málaga.
Às 3 primeiras só se chega em avião, a partir de Medellin ou Bogotá. É até engraçado quando se olha o mapa e tem lá uns aeroportos perdidos no meio do nada.
Não há estradas ligando essas regiões ao resto do país. À quarta (Bahía Málaga), próxima a Buenaventura, é possível chegar por terra, sendo que a maior parte dos turistas chega lá a partir de Cali.
Como nós estávamos exatamente em Cali, foi pra Buenaventura que nós rumamos.
Buenaventura é a maior cidade do pacífico colombiano e funciona como porta de entrada para uma região de praias maravilhosas e selvagens.
A cidade em si é feia e caótica, sendo o maior porto do país, e as praias, benzadeus!, ficam bem longe de lá. Para chegar a qualquer uma delas é preciso pegar barco.
Algo importante sobre as praias de Buenaventura que é bom esclarecer: não espere encontrar areia branca e águas transparentes.
As praias de lá são de areia negra e fina, a água é turva e morna e a vegetação é densa.
Há muitos coqueiros, mas há também uma diversidade bem grande de árvores, a ponto de se ficar impressionado com a quantidade de espécies diferentes dividindo um mesmo pedacinho de terra.
A maré varia muito durante o dia. Na hora da cheia, a água fica extremamente agitada e ruim para se banhar, mas na maré baixa é que o paraíso é revelado.
As águas formam piscinas naturais e a extensão da areia aumenta a se perder de vista. Há inclusive praias que só existem na maré baixa, pois ficam completamente inundadas na alta.
O pôr-do-sol é absurdamente fantástico, com revoadas e revoadas de pelicanos dando um show exclusivo só pra quem se deu o trabalho de chegar até esse cantinho ermo do mundo.
Leia também: o que fazer em Cartagena, cidade colonial da Colômbia
Dito isso, vamos às praias:
Bocana (20 minutos de barco de Buenaventura)
Bocana é o vilarejo mais próximo de Buenaventura. Lá é possível encontrar hospedagens e restaurantes.
A principal praia se chama Playa Pianguita. Outras atividades incluem passeios de barco e caminhadas por trilhas ecológicas.
Não há carros nem tampouco sinal de celular. Apenas motos percorrem a única rua do vilarejo.
Nós não fomos a Bocana e não temos muitas informações sobre o local, e encontrar informações na internet também é difícil.
Pacifico Hostel Colômbia
Tomei conhecimento desse hostel quando estava pesquisando onde ficar em La Barra, mas na verdade ele fica em outra parte da Bahia de Málaga e tem uma praia particular.
É bem caro (COP 40.000 por pessoa em quarto compartilhado), e nós realmente queríamos ir para La Barra.
Pelo que vimos, é um hostel mais badalado, com turistas em busca de festa e o ritmo lá é ditado pela música eletrônica. Algo bem diferente do que a gente queria.
Leia também: tudo sobre San Andrés, o Caribe Colombiano
Juanchaco (50 minutos de barco de Buenaventura)
Juanchaco é para onde a maior parte dos turistas vai. A principal praia de lá é a Playa Ladrilleros.
Tanto no próprio vilarejo de Juanchaco quanto em Ladrilleros há muitas opções de hospedagem, mercadinhos e restaurantes.
A locomoção é feita em motos ou tratores, embora o caminho entre Ladrilleros e Juanchaco seja pavimentado.
A distância é grande, mas caminhável. De todo modo, o transporte é baratinho.
Playa La Barra (50 minutos de barco + 40 minutos de moto)
Um vilarejo ainda menor que Juanchaco. As ruas são de terra e areia, e frequentemente são cheias de lama. Tudo é muito rústico ali: as casas são todas de madeira e a maioria é construída elevada do solo, devido às frequentes inundações por conta da chuva intensa.
A comida é, na maior parte das vezes, preparada em fogões à lenha. A eletricidade oscila bastante e apagões acontecem sempre. Os celulares raramente dão sinal.
A vida acontece em um ritmo diferente em La Barra. E nós podemos afirmar isso com muita certeza, pois foi lá que nós passamos 6 dias.
Leia também: vale a pena conhecer Medellín, na Colômbia?
O Que Fazer em La Barra
Nada! Pelo menos é isso que você vai fazer na maior parte do tempo. La Barra é um lugar para se desconectar de verdade. Você pode ocupar seu tempo com:
Praia de La Barra
A praia de La Barra é incrível de um modo que eu não sei explicar. Ela tem duas faces: maré alta e maré baixa.
Na baixa, uma imensidão de areia, cortada por piscinas naturais. Muitos caranguejos pequeninos, um vento fresco e constante, e um sol de rachar. É possível encontrar guarda-sol para alugar, mas nós não chegamos a fazer isso.
Na maré alta, a praia muda totalmente de cara. Quase não sobra areia por onde caminhar e as ondas são violentas. Hora de procurar uma rede onde se deitar, um cachorro pra fazer carinho e um livro pra ler.
As casas são sempre abertas, as pessoas vem e vão, às vezes param pra conversar. Crianças, cachorros e gatos tem livre acesso a todas. Outro ritmo, outra vida.
Passeio de Barco em La Barra
É possível fazer um passeio de barco pelo mar e depois por um rio, e lá encontram-se cachoeiras, piscinas naturais e muita natureza.
Nós não fizemos esse passeio por uma série de acontecimentos: nos primeiros dias não queríamos fazer nada além de relaxar na praia ou numa rede; depois pegamos dois dias seguidos de chuva forte ininterrupta, o que significou mais tempo na rede; por fim, quando agendamos o passeio com um barqueiro, ele apareceu atrasado, bêbado e confuso quanto ao que tínhamos combinado.
Conclusão: nada de passeio. Mas não ficamos chateados com isso. Não dá pra se chatear com nada em La Barra.
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Avistamento de Baleias em La Barra
O pico do turismo no Pacífico Colombiano acontece na temporada de avistamento de baleias, mais ou menos entre julho e novembro, e a Bahía Málaga é um dos locais a partir de onde é possível vê-las.
Estivemos em La Barra em junho, semanas antes da temporada começar.
Nosso anfitrião nos disse que é quando o turismo acontece de fato em La Barra, e a hospedagem dele fica cheia. Ele também organiza passeios de barco para levar os turistas pra mais perto das baleias.
Onde se Hospedar em La Barra – Cabañas
La Barra tem muitas opções de hospedagem, e elas variam entre o extremamente rústico e o muito rústico. Isso não quer dizer de modo nenhum que não haja conforto.
As hospedagens de lá são chamadas Cabañas, e a maioria é a própria casa dos moradores, ampliada e reformada para receber turistas.
Os sanitários geralmente ficam do lado de fora e são “manuais” (balde de água pra dar descarga).
Os chuveiros são improvisados com caixas d’água e água muito fresca da chuva. Aliás, bebe-se a água da chuva também.
Não há água corrente, então a água é estocada e usada para beber, tomar banho, lavar a louça e tudo mais.
Dependendo da temporada você consegue reservar no booking.com, senão use os contatos que deixamos abaixo.
Leia também: o que fazer em Bogotá
Cabaña Del Rey – La Barra
Nós ficamos na Cabaña del Rey e recomendamos mil vezes, tanto pela estrutura quanto pela simpatia extrema do Rey.
Os quartos são simples, porém equipados com ventiladores bem potentes, a ponto de dar um friozinho no meio da noite, além de mosquiteiro (que nós não precisamos usar).
Ele tem uma cozinha com fogão e geladeira, suficiente pra preparar um café da manhã e até uma refeição básica.
Dentro da casa ele tem um banheiro com descarga e tudo! O que é ótimo pra não ter que encarar os sapinhos no caminho para o banheiro externo no meio da noite.
A eletricidade funciona o dia todo (exceto quando ela cai na vila toda, que é com alguma frequência).
É possível acampar no quintal de algumas cabanas e usar a estrutura, como banheiros, cozinha e eletricidade.
No Rey também existe essa opção, e a área de camping dele é coberta e com o chão bem limpo, um pouco elevado do restante do terreno para não empoçar água.
Para entrar em contato com o Rey envie uma mensagem pelo facebook dele.
Nós passamos 3 noites acampando e depois mudamos para o quarto, onde ficamos mais 3 noites.
No camping pagamos COP 15.000 por noite o casal, e depois COP 30.000 pelo quarto privado (2018). Nos mudamos porque a umidade estava intensa demais.
Outras Opções de Cabañas em La Barra
- Hostal Magia del Pazcífico
Fica ao lado do Rey e parece ter uma estrutura bem legal, julgando pelo tamanho da casa, que é bem grande. Converse com ela pelo facebook.
- Hostal Doña Orália
Almoçamos lá quase todos os dias. Ela oferece aluguel de quartos e também a opção de pagar um pacote de hospedagem + 3 refeições por dia.
Vá sem medo, pois a comida é divina! De verdade! Que peixe delicioso aquele! O facebook dela é esse aqui.
Leia também: comidas típicas para provar na Colômbia
Hospedagem em Juanchaco e Ladrilleros
Se La Barra parece rústico demais pra você, dá pra se hospedar em Juanchaco ou Ladrilleros e conhecer La Barra só durante o dia.
Nós não exploramos Juanchaco, mas fizemos muitas pesquisas de hospedagem por lá antes de decidir ir pra La Barra. Algumas que encontramos foram essas:
Restaurantes em La Barra
Nós só comemos na Doña Orália, e comeríamos todos os dias das nossas vidas, se fosse possível. O café-da-manhã dela tem café preto, leite e empanadas de ovo que são deliciosas.
Tudo feito na hora no forno a lenha. COP 7.000 por pessoa.
O almoço é uma pratada com arroz, feijão, banana frita, salada e um peixe inteiro pra cada um, ou um filé muito grande de peixe. E que tempero! Comida pra lamber os dedos no final. COP 15.000 com sopa ou COP 13.000 sem sopa, por pessoa.
Se a fome não for muito grande, dá pra dividir. Ela também vende cerveja geladinha por COP 4.000, e ainda manda o Tuco, uma espécie de faz-tudo, buscar rum lá no centro do vilarejo. Por sinal, o Tuco também vende uns cocos que são deliciosos, por COP 3.000 cada.
Como as coisas acontecem num ritmo bem diferente em La Barra, se você pretende fazer uma refeição, é bom deixar meio “encomendado”.
Como há pouco ou nenhum turista por lá, a comida é toda feita na hora que você pede mesmo. Nada está preparado antes, pra não correr o risco de desperdiçar.
Como ficamos lá um bom tempo, a Doña Orália sempre perguntava no começo de cada dia, quando nos via, se a gente ia almoçar lá.
Existem outras opções lá pelo “centrinho” do vilarejo, mas pra quê né? Tava tudo perfeito demais.
Mercados em La Barra
Na “rua principal” de La Barra você encontra alguns mercadinhos. Os produtos são poucos e não tão baratos, mas há o básico, como ovos, queijo, macarrão, uma boa variedade de enlatados.
Um deles vende pão. Muitos vendem óleo de coco orgânico, extraído lá mesmo de forma artesanal.
Nós levamos alguns itens básicos na mochila, mas se você não levar nada, vai conseguir passar bem mesmo assim. Só lembre-se que as coisas lá são mais caras.
Além do óleo de coco, lá também é produzido o Viche, uma bebida alcólica artesanal. Não chegamos a provar, mas lá no centrinho do povoado tem pra todo lado.
Nós viajamos para Buenaventura a partir de Cali, embora também seja possível encontrar ônibus saindo de Armênia e Pereira, e provavelmente até de Bogotá e Medellin.
Fomos em um micro-ônibus da empresa Transportes Palmira e gostamos muito. A viagem durou 2h30 e custou COP 26.000 por pessoa. A estrada é incrivelmente boa e menos sinuosa do que estávamos esperando, e a viagem é muito bonita.
Chegando em Buenaventura pegamos um táxi até o porto turístico. A distância não é grande, mas a informação que conseguimos on line é de que a região da rodoviária é um pouco perigosa (e pela aparência era mesmo).
O táxi custa menos de COP 4.000, preço tabelado, e há um funcionário da rodoviária que organiza o embarque em frente à rodoviária. Claro que umas pessoas se acercarão para vender passeio e essas coisas, mas é só ignorar elas.
A região do porto é mais bonitinha e não passa tanta sensação de insegurança quanto o resto da cidade. Aproveite ali para sacar dinheiro, pois em Juanchaco/ La Barra não há bancos nem caixas eletrônicos.
No porto é preciso comprar sua passagem de barco para Juanchaco. Há várias agências, mas todas vendem pelo mesmo preço, e para os mesmos barcos, então não conseguimos entender muito bem a diferença entre elas.
Compramos em uma que parecia confiável e deu tudo certo. São COP 70.000 por pessoa ida e volta (válido para pegar qualquer barco de volta em até 14 dias). Guarde bem a passagem de volta, senão será preciso pagar por outra. Não é vendida só passagem de ida.
A lancha é muito rápida e pula muito, principalmente se você viajar em maré alta, como nós.
Quem senta mais pra trás acaba se molhando bastante, e quem senta muito na frente pula mais, porque é a parte mais leve da lancha.
Nós sentamos no meio e tivemos um bom intermediário entre pulos e splashs.
A viagem de barco é linda, e fica cada vez mais incrível conforme se distancia de Buenaventura. A natureza de lá é incrível ao extremo, com ilhotas cheias de árvores e paredões de pedra pra todo lado.
Como Chegar em La Barra (Moto de Juanchaco a La Barra)
Mais uma vez a maré vai influenciar na sua viagem: na maré baixa é possível caminhar de Juanchaco até La Barra pela praia. São cerca de 5km com a promessa de lindas paisagens.
Na maré alta (nosso caso), é preciso ir “por dentro”, por uma “estrada” bem precária.
Pensamos que havia a possibilidade de ir de trator ou pau de arara, mas depois de perguntar pra todo mundo e receber não como resposta, acabamos indo de moto mesmo.
Agora imagine aí: um gordinho e uma gordinha com mochilão nas costas, ele com uma viola pendurada, cada um agarrado num motociclista colombiano.
O caminho é duro, mas a situação toda é tão cômica que a gente riu muito e foi de boa. Assim que saímos de Juanchaco, a gente ainda tinha a filha do meu motorista pegando uma carona na nossa moto (como se nós 2 + meu mochilão não bastassem).
A estrada até um pouco depois de Ladrilleros é razoavelmente boa. Depois começa o caminho de terra, que aos poucos vai virando um caminho de lama, até que a moto pede arrego.
Nessa hora, o passageiro tem que descer da moto e caminhar durante uns 10 minutos. O motorista vai te apontar o melhor caminho para ir andando.
Espere muita lama, alguns escorregões e talvez uma queda (sim, o gordinho aqui caiu de bunda na lama).
Depois desse trecho difícil, a gente volta pra moto e segue por uma estrada ainda com muita lama, mas transitável (para eles, porque para um motociclista normal aquilo não é transitável não).
O ponto final para as motos é numa falha bem grande do terreno. Nossos motoristas deixaram as motos lá e acompanharam a gente por mais uns 10 minutos de caminhada (mais lama), até chegarmos a La Barra de fato! Finalmente!
Essa aventura custou COP 15.000 por pessoa. É bom deixar o preço definido já antes de sair de Juanchaco, pra evitar cobranças extras imprevistas como “sua mochila é muito grande”.
Para voltar a Juanchaco, 6 dias depois, nosso anfitrião chamou 2 motos pra pegar a gente bem cedinho, porque queríamos pegar o primeiro barco, às 8h da manhã.
Tivemos o azar de estar no domingo de eleições, então muita gente não estava trabalhando.
Acabou que só apareceu uma moto, e nem sinal de mais alguém no caminho.
O motorista era super gente fina e, passada a loucura de ele querer levar nós 2 + nossos 2 mochilões, tudo de uma vez em cima de uma moto, nós fomos aos poucos: primeiro ele me levou até o começo do trecho de lamaçal, por onde tem que caminhar.
Enquanto eu fazia a caminhada, ele voltou pra pegar meu companheiro. Nessa altura, eu já tinha atravessado a lama toda, então ele me pegou e me levou até Juanchaco, enquanto meu companheiro atravessava a lama. Aí ele voltou e trouxe meu companheiro.
Que doideira! Mas deu certo, conseguimos chegar lá antes do barco sair.
Exceto que: não tinha barco. Alguns disseram que por ser domingo, outros que por ser dia de eleição, outros só que porque sim.
Enfim, tivemos que esperar até as 13h para conseguir ir até Buenaventura. Os barcos só saem três vezes por dia, informação que todo mundo na região tem.
Foi legal que conseguimos ver um pouco de Juanchaco. A princípio a vila tinha parecido suja e feia, mas olhando melhor, principalmente com a maré baixa, percebemos que é bem bonito e agradável lá também.
Dessa vez o trajeto de barco foi com a maré baixa, bem mais suave que a ida. Em Buenaventura pegamos um táxi e fomos direto para a rodoviária.
Nosso próximo destino era Salento, para onde nós fomos informados que não havia ônibus direto. Era preciso ir até Pereira ou Armênia, e de lá pegar outro ônibus.
Nós estávamos há dias sem internet e não tínhamos pesquisado nada sobre esse trecho, então acabamos pegando o próximo micro-ônibus, que foi para Pereira (COP 40.000 por pessoa).
Teria sido melhor viajar para Armênia, que seria uma viagem mais rápida e de onde seria mais fácil conseguir um ônibus para Salento.
Voo Barato Para a Colômbia
Busque preços de voo no Skyscanner. É uma ferramenta ótima e com a possibilidade de procurar com datas flexíveis. Mas lembre-se: em geral o preço das passagens é mais barato comprando direto no site da companhia aérea.
Eu costumo comprar passagens internacionais com antecedência de mais ou menos 3 meses, a não ser que apareça alguma promoção bombástica antes disso.
Aproveite e faça uma pesquisa para ter ideia dos valores. Use datas diferentes e tente entender se os preços estão subindo ou baixando:
Conclusão: Vale a Pena Conhecer La Barra?
Olha, sendo bem sincera: nós fomos na época que não tinha baleias pra ver, não conseguimos fazer o passeio de barco que todo mundo diz que é lindo, caímos de bunda na lama e tomamos dias e dias de chuva fortíssima, e ainda assim nós ADORAMOS ter ido a La Barra.
O que aconteceu foi que fomos pra lá sem informação nenhuma, porque quase ninguém fala desse lugar na internet, então passamos por um bocadinho de perrengues.
E precisamente por isso quis escrever esse relato tão detalhado sobre La Barra, pra que você possa considerar essa aventura na sua próxima viagem. Vale a pena sim conhecer La Barra, e depois venha aqui pra contar pra gente como foi essa viagem!
Moeda Usada na Colômbia
Nome da moeda: peso colombiano (COP)
Cotação (maio/2023): 1000 pesos colombianos = R$ 1,11
Em qualquer cidade média ou grande da Colômbia, o cartão de crédito é um meio bem comum de pagamento.
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