Nós pensávamos que pra se hospedar numa cápsula, teríamos que ir no Japão. Qual não foi nossa surpresa quando encontramos um hotel-cápsula em Kazan, na Rússia!
O hotel-cápsula começou em 1979, no Japão. Nesses mais de 40 anos, o modelo variou muito. Hoje em dia, as opções vão desde hotéis de baixíssimo orçamento, voltados para desempregados e estadias de uma noite apenas, até hotéis mais caros, que visam principalmente o turista ocidental.
Fora do Japão eles normalmente são bem modernos e com foco na satisfação do cliente. Normalmente as cápsulas são em estilo de pods intergalácticos, como aqueles que vemos nos filmes de viagem no espaço.

A nossa experiência no Caps Lock Hostel, em Kazan, na Rússia, foi muito diferente e claro que contaremos tudinho aqui no blog.
Ele se chama hostel, mas não há quartos coletivos. Apenas cápsulas. Acredito que puseram o nome de hostel para deixar claro que há cozinha e que os banheiros são compartilhados.
Ah, esse post não teve patrocínio de nenhuma forma, e o que relatamos aqui é nossa experiência nua e crua.
Índice
Antes de Chegar no Hotel Cápsula
Desde que encontramos ele no Booking.com, o hotel cápsula em que nos hospedamos parecia ser ótimo. A nota do hostel era um incrível 9,7.
Como chegaríamos às 6h da manhã no hostel, por conta de um trem noturno, resolvemos enviar uma mensagem perguntando se era possível fazer o check-in mais cedo.
A resposta foi sim, mas teríamos que pagar meia diária. Nada mau, pois o horário do check-in era só às 14h. Ponto positivo!
Check-in no Hotel Cápsula
Chegamos às 6h da manhã, como previsto, e logo de cara já tivemos um problema: a recepcionista não falava inglês. Assim que ela percebeu que nós tampouco falávamos russo, sacou o celular para traduzir tudo.
Então nos levou a uma sala com uns armários. Ali cada armário tinha um número correspondente ao número de uma cápsula, e era onde deveríamos guardar nossa bagagem.

Ela nos deu um cartão que serviria como chave do nosso armário e também da cápsula, e explicou que deveríamos deixar todas as nossas coisas ali, já que dentro da cápsula não tem muito espaço.
Inclusive teríamos que tirar os sapatos. Chinelos foram dados de cortesia, e até que eles eram confortáveis.
Hotel Cápsula Caps Lock
Dos armários a recepcionista nos levou para conhecer o hostel em si. Havia uma mesa de sinuca, uma TV grande com um Xbox, muitas mesas e alguns notebooks para uso comum.

A cozinha era super bem equipada, grande e limpa. Havia três fogões com exaustores, três micro-ondas, panelas e pratos que não acabavam mais, e mesas bem grandes.
Os banheiros eram divididos em masculino e feminino, com essas pias longas tipo de banheiro de aeroporto, e um secador para cada torneira. Muitos boxes com vaso e outros com chuveiro. Tudo super limpo!
As Cápsulas
E então chegamos na parte que estávamos ansiosos pra conhecer: as cápsulas. A área das cápsulas era de silêncio o dia inteiro. A climatização era diferente do restante do hostel.
E veio a cena de filme de ficção científica. Difícil descrever, então colocamos umas fotos aqui. A impressão era a de estar numa imensa espaçonave. Se o R2-D2 aparecesse, não seria nenhuma surpresa. Cápsulas para todo lado, empilhadas de duas em duas.
Havia corredores de cápsulas individuais, alguns só para homens e outros só para mulheres. Daí havia uma parte para cápsulas com cama de casal, e outra parte com cápsulas bem maiores, do tamanho de uma cama king-size.

A king size era um pouco mais cara, por isso tínhamos reservado uma normal para casal mesmo.
E então a recepcionista encostou o cartão ao lado do letreiro digital com o número da nossa cápsula e as portas destravaram. Só faltou mesmo aquela fumacinha dos filmes.
Lá dentro, o desenho era o de um pod intergaláctico mesmo. As paredes brancas de material sintético, a iluminação de um azul futurístico bem leve, o colchão encaixado no piso da cápsula, um espelho redondo numa das laterais com a luz saindo do entorno dele, botões e mais botões, entradas para fones e USB, tomada e até uma TV retrátil no teto.

Abaixo do espelho havia um painel digital com a hora e a temperatura da cápsula, além de dois reguladores sensíveis ao toque para a luz principal e a luz de leitura.
A recepcionista nos explicou os mecanismos, nos entregou um headphone e o controle da TV. Por fora, a porta destravava com o cartão, mas por dentro era um botão na parede.
Levamos alguns minutos brincando com todos os botões, claro. O Sleep Mode era o mais legal, pois desligava absolutamente tudo dentro da cápsula, deixando só o barulhinho do ar condicionado. Sonífero total.

Havia também um botão Não Perturbe, que acendia uma luz no painel do lado de fora da cápsula. Assim ninguém iria bater na porta da sua cápsula e atrapalhar seu sono espacial.
As cápsulas funcionam com bateria, e o indicador de carga também é mostrado nesse painel externo.
Hotel Cápsula: É Confortável?
Como somos um casal de gordinhos, não demoramos a descobrir que a cápsula era um pouco pequena pra gente. O espaço é limitado e a largura da cápsula é exatamente a do colchão, então não tem como colocar as pernas para fora da cama e nem como esticar o braço pra cima da cabeça.
Tampouco há prateleiras. O melhor que há é um espacinho ao lado da cama que mal cabe o celular.
É por isso tudo tem que ficar nos armários lá fora, mas se você quiser ler um livro ou usar o computador, terá que levá-lo de volta aos armários ou dormir se contorcendo para não esbarrar neles.
Esse problema se resolve também reservando a cápsula maior. Essa que estávamos era oferecida no Booking como Cápsula Individual, ou seja, para uma pessoa que quisesse um pouco mais de espaço.
Outro problema da Cápsula Individual que pegamos é o cumprimento. Eu meço 1,77m e meu pé já chegava perto de bater na porta da cápsula.
É Claustrofóbico?
Em algum momento, ficamos com medo do hotel cápsula ser meio claustrofóbico. Espaço fechado, luzes apagadas. Isso não é uma boa combinação.
Porém, para nossa surpresa, tudo foi bem de boa. Dentro da cápsula é possível até ficar sentado com sobra. A porta também não se fecha completamente, ficando uma brechinha por onde entra um pouco de luz.
A luz do entorno do espelho também não desliga por completo, ficando bem fraquinha, num nível perfeito para o sono.
Mas definitivamente não dá para passar o dia dentro da cápsula. Ou seja, o espaço compartilhado do hostel tem que ser agradável. E o nosso era! Tinha até um cineminha, olha que maravilha.

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Tenho vontade em conhecer esses hoteis cápsula, te deu claustrofobia?
Tenho muita vontade de ter essa experiência, mas nem no Japão tive coragem. A vontade ainda não superou o fato de eu achar que vou me sentir apertado ali dentro. Espero conseguir um dia.
Eu também achava que só no Japão tinha esse tipo de hospedagem . Achei super interessante . Gostei da área do cineminha do hotel!
Que interessante. Já quase fiquei num hotel cápsula, gostei da sua experiência, vou tentar numa próxima.
Já dormi em um Hotel Cápsula na China, mas tava longe de ser nesse nível hahha, bem interessante!