Bariloche no Inverno | Dicas Para Economizar

bariloche no inverno

É público e notório que Bariloche é lugar pra turista predatório de alta classe passar o inverno esquiando. E isso é verdade. Mas nós passamos um mês inteiro lá e descobrimos tudo sobre Bariloche no inverno, e como aproveitar do melhor jeito possível. Dá pra se divertir muito na neve sem gastar nada.

Se você ainda não leu, confira também:

Confira nosso vídeo no Youtube contando tudo sobre essa viagem, inclusive as histórias mais engraçadas (e vergonhosas) que a gente não tem coragem de colocar aqui no blog:

O que Fazer em Bariloche no Inverno

Clique aqui para abrir o mapa com legenda

Bariloche é uma cidadezinha à beira de um lago bonito demais (Nuahel Huapi), e montanhas pra todos os lados.

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Tem um Parque Municipal (Llao Llao) a uns 30km da cidade, além de cervejarias e fábricas de chocolate aos montes.

As estações do ano são muito marcadas, então deve-se escolher bem o mês pra ir. Nós fomos em agosto pra ver neve.

Cerro Catedral

O principal lugar de esqui em Bariloche é o Cerro Catedral, e esquiar lá é caríssimo, mas há um jeito mais ou menos barato.

inverno em bariloche
Cerro Catedral

Aluguel de equipamento em Bariloche

Essa é a parte que não tem muito segredo: é ir nas lojas e barganhar ao máximo. Com uns 300 pesos dá pra alugar equipamento e roupa, mas barganhando!

Cotação (janeiro/2022): 10 pesos argentinos = R$ 0,55

Continua sendo caro, mas se você deseja muito ter essa experiência, coloque como prioridade nos seus gastos.

Como chegar ao Cerro Catedral com transporte público

Tem um ônibus urbano que vai lá pra base, onde já tem neve à beça. É o ônibus 55, que passa de hora em hora e custa cerca de 20 pesos.

Nós achamos super tranquilo usar o transporte público de Bariloche.

Acesso ao Cerro Catedral

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Cerro Catedral

Um passe de meio dia para subir no teleférico sai por uns 300 pesos. Isso é bem caro para nossos padrões de viagem, mas de novo: se seu foco é esquiar, coloque esses gastos como prioridade.

A solução pra gente, que só queria brincar na neve, foi: ao chegar na base, atravessa-se a pracinha central e, pouco depois do fim dela, tem uma trilhazinha à esquerda subindo o cerro.

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Cerro Catedral

Essa é uma das pistas verdes (mais fáceis), e subindo-se uns 30 ou 40 minutos já dá pra esquiar legal descendo.

Pra quem não sabe, é muito mais do que suficiente pra aprender e ainda se divertir. E sempre tem neve por lá na temporada. Ou leve um esqui-bunda pra passar o dia brincando na base mesmo.

Cerro Campanário

Uma montanha num lugar estratégico. Fica bem no meio de tudo, com vista pra tudo e ainda é uma ótima trilha pra subir. Bastante íngreme, e a neve pode dificultar um pouco, mas o topo vale muito!

Aliás, foi considerada pela National Geographic umas das vistas panorâmicas que deve se ver antes de morrer.

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Cerro Campanário

Como Chegar no Cerro Campanario de Ônibus

Pega-se o ônibus 20 (15 pesos), que te deixa em frente.

A trilha começa ao lado direito da cabine do teleférico, só pedir que eles apontam. Dá pra subir em meia hora e, se tiver neve, já ir se divertido com as derrapadas. Lá em cima o acesso é grátis e tem uma lanchonete.

Tem um teleférico pra subir também (180 pesos), mas nós preferimos economizar essa grana e se divertir já na subida, com aquela neve toda.

Se não tiver ninguém olhando dá até pra descer com o teleférico, mas não recomendamos.

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Cerro Campanário

Parque Llao Llao

Faz parte do Circuito Chico (passeio que normalmente se faz em um dia de carro), e fica a 28km da cidade, onde está o Hotel Llao Llao.

Para chegar lá é só pegar o ônibus 20, que sai a cada 20 minutos, por 18 pesos e descer no fim da linha. A vista daí é linda e vale muito uma pausa para fotos.

Voltando um pouco pelo caminho que o ônibus veio (uma descida), e seguindo-se pela estrada (agora já começa a ser subida), chega-se ao Cristo Verde, e à entrada do parque (não esquecer de pegar o mapinha aí na guarita).

Aí começa o Sendero de Arrayanes, uma trilha de 2,8km, que é linda, tem um monte de árvore interessante, inclusive o Arrayane, que tem um tronco de cor muito diferente e que deixa tudo ainda mais lindo.

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Parque Llao Llao

Chega-se à Playa Moreno, no lago, com um visual deslumbrante, e também ao Mirador, que também é lindo.

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Parque Llao Llao

Seguindo um pouco mais, volta-se à estrada e daí, numa pernada curtinha de 1km, chega-se ao Lago Escondido, que também é lindo demais e vale muito a pena!

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Parque Llao Llao

Pro outro lado da trilha tem a Puente Romano, que essa é perfeitamente dispensável. É só uma ponte velha caindo aos pedaços, nada interessante pra ver.

Dentro do parque tem também o Cerro Llao Llao. Esse não subimos, e tampouco pareceu ser imperdível.

Colonia Suiza

No domingo é o lugar a ir. Eles preparam uma comida chamada curanto, que na verdade é um ritual de preparação de comida.

Abre-se um buraco gigante no chão e bota as carnes e tudo o mais pra assar lá dentro, por um bocado de horas (2 dias é o tempo ideal). Além disso, o lugar fica próximo ao lago e ao rio, com trilhazinha também pra fazer.

Nós provamos curanto na Isla de Chiloé, no Chile. Leia mais a respeito: Isla de Chiloé

Como se Locomover por Bariloche

Carona rola bastante, mas os ônibus te levam a tudo que é lugar. São bem frequentes e rodam até tarde. 

A rodoviária é pequenina, mas conta com banheiro, wi-fi, quiosque para recarregar o cartão SUBE (necessário para usar o transporte) e uma informação turísticas com bastante informação. E mapas grátis, claro.

De lá pega-se um ônibus, podendo ser o 20, 21, 22 ou 50, pagando 10 pesos, e em poucos minutos chega-se ao Centro Cívico.

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Centro Cívico de Bariloche

Como Chegar em Bariloche

Bariloche é hiperturística e absurdamente conectada com o resto do país e com o Chile por ônibus, além de contar com um aeroporto conectado à cidade por ônibus (tem que ter o cartão SUBE, porque não vendem no aeroporto).

Existe também uma linha de trem que passa por lá, mas parece muito pouco usada. Nós fizemos uma viagem de quase 24h de ônibus, de Buenos Aires até Bariloche, com a empresa Via Bariloche, por mais ou menos 1.600 pesos. Consulte os ônibus nesse site aqui.

Se a ideia for sair pro Chile, a dica é que o ônibus da Andesmar serve refeição e sai 13:15h todo dia em direção à Osorno / Puerto Varas / Puerto Montt. Outras empresas fazem essa linha também, mas ou o horário é muito cedo (8h da manhã todo dia) ou a linha não é diária (e sai de manhã também). O preço é 405 pesos.

Onde se Hospedar em Bariloche

Os hostels mais baratos ficam a 3 quadras do Centro Cívico, e também perto dos bares. Ficamos trabalhando num hostel em troca de hospedagem, contamos da experiência em outro post.

No booking.com você encontra hotéis e hostels pra todos os bolsos. Dependendo da localização, prepare-se pra subir e descer muita ladeira. O lago é o ponto mais baixo da cidade e as ladeiras são bem íngremes, subindo em direção à Av. Ángel Gallardo.

Algumas opções de cama em dormitório com ótimas avaliações e preços baixos são o Patagônia Jazz Hostel e o Phoenix Hostel. Pra quem busca quarto privado há preços ótimos no Nomad e no Trip Bariloche Select Hostel.

Foto: Apartments Seeblick Bariloche

Camping em Bariloche pode ser um problema pra quem não tem carro, porque ficam muito afastados da cidade. Como o ônibus custa sempre pelo menos 14 pesos, pode encarecer bastante a viagem. Mas tem muitas opções.

Bares e Restaurantes em Bariloche

As comidas principais aqui são veado, truta (do lago mesmo) e chocolate. Tudo bem carinho, exceto o chocolate.

A melhor opção que vimos pra comida foi uma loja na rua principal que se chama Rock Chicken. Tem massas e sanduíches, esses vendidos no sistema de combo (batata e bebida). Os preços não são muito atraentes de início, mas dá pra dividir pra duas pessoas tranquilamente. Na base de 110-140 pesos o combo.

Na pracinha atrás do Centro Cívico tem umas barraquinhas de hambúrguer, choripan (pão com linguiça) e churrasco bem gostosas e com preços razoáveis. Na hora do almoço forma-se fila pra comer.

Pra chocolate, próximo ao Centro Cívico sempre tem lojinhas fazendo promoção pra vender chocolate em quantidade. A que experimentamos foi a Del Turista (a maior e principal), e tinha umas promoções boas, além de ser muito bom o chocolate daí.

Mercado é fácil: La Anonima. É o mais barato e tem por todo canto da cidade.

Tem também uma padaria chegando na pracinha atrás do Centro Cívico, na Moreno mesmo (a rua principal), que se chama Trevisan e tem uns pães maravilhosos!

bariloche no inverno
Bariloche no inverno

Happy Hour em Bariloche

Pra beber, o esquema é o happy hour. Cada bar tem o seu horário. As cervejas artesanais de Bariloche são maravilhosas. Uma das melhores que tomamos foi no bar Konna.

Outro happy hour legal é o do South Bar e o do Los Vikingos. Tem também o do Sowa, que tem a cerveja ótima também, assim como um Fernet Cola honesto e bem servido.

Do lado esquerdo do Los Vikingos tem um bar com a música maravilhosa (rock´n roll clássico) que tem happy hour de drinks até beeem tarde. E a melhor cerveja do país, em nossa humilde opinião, fica na Cervejaria Antares.

Dizem que no La Cantina, na beira do lago, rola uma festa mais bagaceira bem legal com preços bons. Quando tentamos ir lá, estava fechado.

Seguro Viagem Para a América do Sul

É sempre essencial contratar um seguro viagem, mesmo para os países onde isso não é obrigatório. Pense assim: em caso de necessidade você terá que:

  1. Procurar um médico particular, que vai te custar caro, ou
  2. Procurar assistência em um grande hospital (em caso de emergência, por exemplo), e dependendo do sistema de saúde do país, também sairá muito caro!

Nas nossas viagens nós sempre comparamos os preços e vantagens de cada operadora em sites diferentes, de modo a encontrar o melhor custo/benefício. Os melhores são a Seguros Promo e a Real Seguro.

O preço é bem mais baixo do que a gente imagina quando se trata de um seguro viagem, e vale demais pelo sossego de ter cobertura de bagagem perdida e reembolso de despesas médicas.

O melhor é que os seguros cobrem vários países de uma só vez, então se você vai fazer um roteiro mais longo, um único seguro será o suficiente.

Lembrando que tem como contratar um seguro com cobertura COVID-19, já que muitos países estão exigindo esse requisito.

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Confira outro passeio incrível a partir de Bariloche no blog Destinos e Afins: Rota dos 7 Lagos -Argentina: como fazer, melhor época

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23 comentários em “Bariloche no Inverno | Dicas Para Economizar”

  1. Ótimas dicas para economizar em Bariloche no inverno. Você achou tranquilo, não perigoso subir o cerro a pé, não usar o teleférico?

  2. Estive em Bariloche a muitos anos e achei a cidade um encanto. Voltei a pensar nela quando a minha filha começou a pedir para ver a neve. Bom saber que é possível viajar para lá de forma mais econômica.

  3. Pingback: Esquiar no Vale Nevado | TurMundial

  4. Muito interessante.. Com o calor que tem feito em São Paulo, os destinos de frio me interessam cada vez mais! Lindas paisagens e dicas completas.

  5. Eu nem sabia que SCB tinha tanta coisa para fazer! Eu passei só uma semana na cidade, mas fiz snow todos os dias: checava no Catedral quando abria e só saía quando fechava! Quando chegava no centrinho só queria comer e dormir para começar tudo de novo no dia seguinte! Acho que mal vi Bariloche… rsrsrsrs

  6. Ficamos 15 dias no início do inverno e pegamos dias lindos para curtir todos os passeios pelos lagos, fiz o Cruce Andino, bate-voltas em carro alugado e usamos transporte público também. Achei Bariloche muito mais do que apenas um lugar para esquiar ou fazer seu primeiro boneco de neve.

  7. Que viagem linda! Também gostamos de fazer tudo por conta própria. Gostei do seu roteiro e das sugestões. Parabéns pelo post, muito inspirador!

    1. Caminhos me Levem

      Oi Luciano. Então, Bariloche é tudo bem mais caro que no Brasil. E por ser pequena, não tem muitas lojas grandes dessas mais baratas. Melhor já levar do Brasil mesmo 😉

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