Na fronteira com a Polônia está Brest, a segunda maior cidade da Bielorrússia, que foi palco de um episódio da Segunda Guerra Mundial, conhecido como Defesa da Fortaleza de Brest .
Além disso, aqui tem-se a oportunidade de conhecer uma cidade não tão grande e ainda com muitos resquícios dos tempos soviéticos. Passamos dois dias lá e vamos falar aqui sobre o que fazer em Brest, na Bielorrússia.
Se você ainda não leu, confira também:
- Bielorrússia: Dicas de Viagem
- Visto Para a Bielorrússia | Brasileiros
- O Que Fazer em Minsk
- Comidas e Bebidas Típicas da Bielorrússia
Confira nosso vídeo no Youtube contando tudo sobre essa viagem, inclusive as histórias mais engraçadas (e vergonhosas) que a gente não tem coragem de colocar aqui no blog.
São 2 vídeos em sequência falando dessa viagem visitando partes da ex União Soviética:
Índice
Onde se Hospedar em Brest
Assim como em Minsk, em Brest fomos recebidos de braços abertos pelos couchsurfers. Enviamos poucos pedidos, e todos foram aceitos.
O povo bielorrusso é muito amável e muito acolhedor, e como o país é muito fechado, eles gostam muito de receber estrangeiros.
Se você não conhece o couchsurfing, leia mais: Couchsurfing: o que é e como funciona
Hostels, Apartamentos e Hotéis em Brest
Para quem prefere mais privacidade em conforto, Brest tem algumas opções de hospedagem com bom custo-benefício.
Os melhores hostels que encontramos em nossas pesquisas foram:
- Hostel BVT (não fica no centro, mas é muito bem avaliado)
- Privokzalnyi Hostel (pertinho da estação de trem e dos principais pontos da cidade)
- Good Morning Hostel (entre o centro da cidade e a região da Fortaleza)
Também encontramos apartamentos baratinhos com banheiro privativo e boas avaliações (quase todos com nota máxima!). Há mais apartamentos do que hotéis em Brest:
Listamos também algumas excelentes opções de Hotéis com diária abaixo de R$200 (valor do dia em que pesquisamos, pode variar):
O que Fazer em Brest – Bielorrússia
Fortaleza de Brest
A Fortaleza de Brest resistiu heroicamente durante 8 dias, em junho de 1941, a um ataque pesado dos nazistas buscando conquistar a União Soviética.
Na Bielorrússia, a Segunda Guerra Mundial é chamada de Grande Guerra Patriótica, sendo até os dias de hoje muito exaltada e respeitada pelos locais.
É motivo de orgulho, para um jovem estudante, por exemplo, servir voluntariamente como guarda nessa fortaleza. É possível ver umas quase-crianças uniformizadas marchando de um lado pra outro por lá.
A entrada na fortaleza é uma coisa de louco, com monumentos gigantes, tocando as transmissões de rádio da época da guerra convocando o povo para a luta, com toda aquela intensidade característica dos soviéticos vista nos filmes.
Já da entrada pode-se ver a principal atração da fortaleza: um pedaço de pedra de 30 metros de altura, esculpido com a cara de desespero e ira de um soldado anônimo ao ver os nazistas tentando tomar a fortaleza de surpresa.
Lá dentro há ainda outras estátuas fazendo referência à resistência soviética, igrejas e também é possível ver um museu e alguns destroços da fortaleza.
Uma das estátuas que mais nos chamou atenção foi a de um soldado rastejando em direção ao rio, com o capacete na mão, como quem busca água.
A história dela é que, durante a ocupação nazista, foi cortado o fornecimento de água, e era necessário arriscar-se, sob bombardeio, para alcançar o rio.
A Fortaleza de Brest fica um pouco afastada do centro e deve-se tomar um táxi para chegar lá.
Sovietic Street (Советская улица)
É a área de pedestres no centro de Brest, com comércio, cinema, restaurantes e, normalmente, algum agito.
Nessa rua, no começo da noite, é possível ver um faroleiro acendendo os postes de iluminação manualmente. E com gente assistindo. Bucólico, de certo modo.
Igreja de São Nicolau (Сьвята-Мікалаўская царква)
Sabe aquela igreja em Moscou multicolorida que aparece em um monte de fotos? Pois então, em Brest tem uma bem parecida. Amarela e azul, com os domos no curioso formato russo, é interessante para se ter contato com uma igreja católica ortodoxa. Fica bem pertinho da rodoviária.
Igreja Ortodoxa em Brest
Floresta Belozhevzkaya Pushcha (Национальный парк “Беловежская пуща”)
Uma floresta dividida entre dois países, chamada de Białowieża Forest na Polônia e de Belozhevzkaya Pushcha na Bielorrússia, é a maior floresta intocada da Europa.
Possui uma biodiversidade imensa, e é o único lugar onde se pode ver o bisão europeu, além de outras espécies raras.
O lado bielorrusso tem menos estrutura e é mais selvagem, contando com um zoológico a céu aberto, hotel, restaurante e um museu sobre a floresta.
Paga-se para entrar, mas é tão barato e o lugar é tão aberto que não é possível crer que aquilo seja mais do que uma ajuda de custo. No verão, é possível fazer passeios mais longos, sendo possível avistar os animais soltos.
A floresta fica a mais ou menos uma hora de Brest. O desafio é comprar a passagem na rodoviária da cidade, pois ninguém fala inglês.
Na época em que fomos (início de 2017), o ônibus que ia para a floresta era o nº5, que saía mais ou menos uma vez a cada hora. Solta-se na parada final, após uma longa parada numa rodoviária e outra um pouco menos longa num ponto de ônibus (que é o último antes do parque).
Animais na floresta (Bielorrússia)
Animais na floresta (Bielorrússia)
Muito lindo o passeio e os animais são graciosos e imponentes.
Como Chegar em Brest
O mais comum, para mochileiros, é vir da Polônia. Toma-se um trem de Varsóvia até Terespol pela manhã e é possível trocar pro trem das 15:12 para Brest. Tem também o das 19:15. O site oficial dos trens bielorrussos é o rw.by.
Pra sair da cidade, tem uma rodoviária no centro. Não espere ninguém falando inglês por lá.
Dentro de Brest, anda-se de ônibus ou trolleybus (ônibus que são conectados a fios elétricos), que custam menos de 0,50 centavos bielorrussos, e conectam a cidade inteira, ainda que não seja muito fácil descobrir pra onde eles vão.
As máquinas de validação do ticket são muito velhas e é uma experiência curiosa usá-las. Tudo na base da informação.
Seguro Viagem Para a Europa
Em alguns países do mundo a contração de um seguro viagem é obrigatória. Embora raramente esse documento seja solicitado na fronteira, é altamente recomendável contratar um seguro para alguns países da Europa.
A dificuldade de comunicação com as pessoas é considerável, então imagine o desespero em caso de emergência médica. Com o seguro a comunicação fica muito mais fácil.
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O preço é bem mais baixo do que a gente imagina quando se trata de um seguro viagem, e vale demais pelo sossego de ter cobertura de bagagem perdida e reembolso de despesas médicas.
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